Antes de qualquer coisa, “O que você faria” é um filme que “chacoalha” a área de Recursos Humanos e profissionais. Principalmente quando se trata de recrutamento e seleção. Baseado em um método fictício de seleção de candidatos chamado Método Gronholm, o filme exagera, mas não tira dos personagens nada que não exista no mundo real. À primeira vista isso choca, mas depois a gente percebe que não há nada de novo no fronte.
A princípio, “O que você faria?” retrata uma dinâmica de grupo como outra qualquer. Porém, por seu resultado depender dos participantes e não ter, de fato, alguém responsável por ela, torna-se um campo de batalha onde os maus exemplos de comportamento aparecem mais que os bons exemplos. Afinal, os candidatos se atacam e tentam derrubar uns aos outros sem escrúpulos. O filme deixa bem claro que para alcançar um objetivo profissional, muitas vezes, ninguém pensa no próximo. Muitas vezes agem sem empatia, sem regras morais ou sem valores.
Segundo o artigo Comportamento Ético na Sociedade, de Patrícia Puhl, “uma das principais razões pela qual os seres humanos se envolvem em comportamentos antiéticos é a sua natureza essencialmente competitiva e a busca predominante pela vantagem sobre algo ou alguém”.
Em suma, o ser humano em um momento de competição pode realmente surpreender: positivamente ou negativamente.
O que o filme “O que você faria?” ensina aos gestores de RH
- Cabe ao gestor de recursos humanos extrair o melhor dos candidatos;
- Cabe ao gestor de recursos humanos evitar uma batalha de egos para não atrapalhar o objetivo do recrutamento e seleção;
- O ser humano é complexo. Portanto, o perfil psicológico de cada candidato deve ser avaliado com atenção e cuidado.
Leia também: Recrutamento e seleção: como fazer de forma criativa. Pode ajudar na hora de selecionar candidatos.
O que o filme ensina a profissionais
- Princípios e valores valem mais que uma experiência;
- Ganhar sozinho pode significar perder;
- Seja mais necessário que vaidoso;
- Quem tem inteligência emocional está preparado para o futuro.
Mesmo sabendo que o roteiro do filme foi realizado de forma um pouco exagerada, não podemos negar que há uma grande parcela de realidade nele. Por exemplo, quando um dos candidatos conta um segredo de outro candidato para continuar na disputa e eliminar o outro.
Em princípio, especialistas corroboram essa realidade ao explicarem que nossa conduta é formada desde a infância e demonstram como nossas atitudes afetam o ambiente de trabalho quando estamos mais velhos.
Por mais frágil e ingênua que uma criança pareça, é nessa fase da vida que o comportamento futuro está se formando. Sabe quando uma criança trapaça na prova de matemática e não é repreendida? Então, esse fato pode ser responsável por formar um indivíduo que trapaça em um entrevista de emprego, no trabalho ou até mesmo na vida familiar. Leia o artigo “Deslizes éticos acontecem desde criança” e saiba mais sobre o assunto.
Para assistir ao filme “O que você faria?” online, clique aqui.
E para que tudo dê certo depois de contratar as pessoas certas, não deixe de ler o artigo “Gestão de pessoas nas organizações: como implementar” e a entrevista “Gestão de conflitos nas organizações” com a especialista em coaching de executivos, Hilda Scarcella.
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