Fazer recrutamento e seleção não é tarefa fácil. Afinal, muitas vezes, para a mesma vaga chegam milhares de currículos que nem sempre carregam, de fato, o perfil da vaga. E quando o profissional de RH procura, procura, procura e não acha? Ou então acha, mas não era bem o que queria. Tarefa dura, não? É por isso que muitas empresas estão sendo criativas na hora de fazer recrutamento e seleção.
Conheça algumas ideias, quem sabe alguma não serve para a sua empresa?
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Concurso para recrutamento e seleção
Fazer um concurso para selecionar o melhor candidato para uma vaga pode ser além de uma ideia criativa, uma boa ideia. Sabia que a Ogilvy e Mather, uma das agências mais premiadas nacionalmente e internacionalmente, encontrou o candidato certo para a vaga de “Melhor vendedor do mundo” dessa forma? Sim, com uma competição.
Inicialmente, o desafio era vender um tijolo para a Ogilvy. O prêmio era uma viagem para Cannes e um contrato com uma das maiores agências de publicidade do mundo.
Assista ao vídeo desafiando candidatos a conquistar a vaga na Ogilvy.
Em princípio, outra empresa que contratou por meio de concurso, no começo de sua existência, foi o Facebook. Lembra de uma das cenas do filme “A rede social” na qual Mark Zuckerberg desafia programadores a encontrarem um algorítimo que solucionasse o problema proposto tomando shots de bebida alcoólica? Então, até o Facebook utilizou essa estratégia antes mesmo de ser uma empresa de R$ 120 bilhões de valor de mercado.
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Experimento social
Então, parece coisa de louco; mas, não é. Muito pelo contrário, fazer um experimento social pode dar muito certo na hora de contratar de forma efetiva um candidato.
Antes de qualquer coisa, saiba que o exército da Suécia vem enfrentando carência de candidatos na última década. Portanto, decidiu criar campanhas para motivar e atrair talentos que tenham o perfil que o exército precisa. Por exemplo, perfil como o de gente que se preocupa com gente; pessoas que se arriscam e abrem mão do próprio conforto pelo próximo.
Uma das ações criadas foi aprisionar uma pessoa comum em uma caixa no centro de Estocolmo, capital da Suécia. Então, depois de confinada, a pessoa só poderia ser libertada quando alguém decidisse ocupar o seu lugar. Em suma, estranhos ajudando estranhos para não pesar para ninguém. Sim, foi isso que aconteceu. Muita gente até viajou para trocar de lugar com quem estava confinado. Nada valia de fato, nem tuíte, nem mensagem, somente a ajuda física.
A agência responsável pela campanha contou que o objetivo inicial era ter 4.300 candidatos para 1.430 cargos militares, no entanto, a campanha fez com que o número de inscritos mais do que dobrasse, atingindo 9.930 candidatos.
Confira abaixo o vídeo da campanha.
Inteligência artificial
Sim, usar inteligência artificial para fazer recrutamento e seleção é uma das práticas criativas do momento. Por exemplo, a L´Oréal é uma das empresas que mais usa a I.A. para recrutar talentos. Uma das ferramentas utilizadas é o chat bot que, em uma única seleção, poupou mais de 200 horas do time de RH.
O chat bot da LOréal, Mya, funciona da seguinte maneira: os candidatos conversam com o robô e respondem algumas perguntas básicas. Geralmente, essa é a primeira fase do processo e é suficiente para avaliar, automaticamente, se o candidato tem os requisitos necessários e até visto, no caso de ser estrangeiro.
Em princípio, a I.A. na LÓréal não pára por aí. Se o candidato passa para a segunda fase, ele tem um encontro com o SeedLink que classifica o candidato com base em respostas e perguntas feitas em entrevistas. Essa fase ajuda a selecionar candidatos não óbvios para a vaga em questão.
Aplicativos interativos
Antes de qualquer coisa, esse tipo de aplicativo mais parece um jogo de perguntas e respostas que uma avaliação de candidatos ou busca por uma vaga. Por exemplo, o Taqe. Sim, o Taqe é um desses aplicativos que ajuda o profissional de RH a avaliar personalidade, competências, línguas, lógica, conhecimentos gerais e tudo o mais que ele precisar avaliar para entender se o candidato tem o perfil da vaga ou não. E, para economizar o tempo de quem está recrutando e deixar o processo mais assertivo, um algorítimo combina informações, trazendo uma lista de candidatos mais adequados àquela vaga.
A Natura, por exemplo, é uma das empresas que aderiu a esse modo de contratação. Em sua página de vagas, ela dá todas as instruções de como participar de seu novo processo de seleção de candidatos. E mais, deixa claro que está buscando inovar e oferecer uma experiência diferente. Ela entende que além do aplicativo inserir jovens no mercado de trabalho, também capacita.
Rede social para recrutamento e seleção
Em princípio, rede social não pode mais faltar na hora de selecionar e recrutar. Consultar o LinkedIn para entender todo o potencial de um candidato ou “fuçar” o perfil dele em outras redes para entender se ele tem ou não o perfil da empresa ou do trabalho para o qual se candidatou, hoje, faz todo o sentido. Muita empresa só bate o martelo depois de concluir essa etapa, geralmente, considerada como etapa final. A Tecnisa, por exemplo, é uma das empresas adeptas desse tipo de prática. Você pode entender melhor como ela “espia” seus candidatos nesse artigo da Exame.
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