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Falar bem: quais qualidades desenvolver para dominar “seu palco”

Segundo, Villela da Mata, presidente da Sociedade Brasileira de Coaching – em entrevista para o site UOL -, o profissional que domina a oratória sai muito na frente quando uma vaga ou promoção está em jogo. Ele ainda diz que falar bem em público não é um dom de nascença, alguns nascem com ele e outros não. Porém, é uma habilidade que pode ser desenvolvida.

16 qualidades que você precisa desenvolver para falar bem, destacar-se e ter muito sucesso no campo profissional e pessoal.

E, tanto pode ser desenvolvida que a arte oratória, que surgiu na Sicília no século V a.C. por meio do siracusano Corax e seu discípulo Tisias, deu origem a uma anedota bem interessante: Corax ensinava técnicas de como falar bem ao Tisias. Ao final das aulas, Tisias recusou-se a pagar alegando que se não fosse capaz de convencer o mestre de não cobrar é porque ainda não estava preparado; e, se não estava preparado não tinha o porquê de pagar.

Espertinho esse Tisias, já estava tentando praticar o “convencer”, uma das maiores habilidades e vantagem de alguém que fala bem.

Mesmo que não sejamos o siracusano Corax, vamos emprestar a sabedoria de outros gurus da oratória, da atualidade, para te ajudar nessa empreitada.

Antes de tudo, Reinaldo Polito, mestre em ciências da comunicação, foi o escolhido da vez e todas as qualidades que você precisa desenvolver para falar bem foram retiradas do livro Como falar corretamente e sem inibições (Editora Saraiva – 111º edição).

Qualidades que você precisa desenvolver para falar bem

Quais qualidades desenvolver para falar bem

  1. Memória

Se quiser construir uma boa história, bem argumentada, baseada em dados, fatos, lógica, cronologia… a memória é fundamental. Principalmente para passar credibilidade e domínio sobre o assunto tratado. Por exemplo, imagine ter um branco no meio de um discurso, de uma palestra ou de uma apresentação e não conseguir lembrar do dado que faz link com a próxima informação. Então, fuja dessa situação! Ensaie e prepare um roteiro. E, lembre-se: uma boa oratória depende de uma boa memória.

  1. Humor

Use o humor com cautela e na dose certa: não faça de seu discurso um “Stand-up Comedy”. Piadas agregam desde que curtas e inovadoras, afinal, falar bem não significa arrancar “kkkkkk” da plateia. Portanto, esqueça um pouco do humor e faça mais uso do bom humor: use reações fisionômicas; ligue o humor à apresentação; mude a entonação da voz… Como dizia a avó de Reinaldo Polito “graça por graça, uma vez só basta”. Concordamos com ela.

  1. Habilidade

Antes de qualquer coisa, faça a leitura de sua plateia. Use de habilidade para perceber o que ela está esperando de você. Então, adapte o conteúdo da mensagem ao interesse do público que está assistindo. Ao falar, você precisa ser sensível o suficiente para entender as intenções dos ouvintes, afinal, são eles que determinam como você tem que se expressar para que façam aquilo que você deseja. Em suma, falar bem é ter a habilidade para persuadir e convencer. O maior exemplo disso é a grande diferença entre dois dos maiores oradores que o mundo conheceu: Demóstenes e Cícero. É que, quando Cícero discursava, o povo exclamava “Que maravilha”; e, quando Demóstenes falava, o povo seguia em marcha.

  1. Inspiração

A inspiração é encontrar uma forma nova de vestir velhas ideias a torná-las atraentes. Por exemplo, dispa-se de tabus, abandone conceitos previamente concebidos, crie uma nova peça oratória a partir do olhar de um ouvinte ou da manifestação de um grupo.

  1. Criatividade

Você tem que prender a atenção do público e mantê-lo acordado e curioso, não é mesmo? Se isso não acontecer, é fim de show. Portanto, seja criativo no seu discurso e apresentação. Não sabe por onde começar? Dê um pulo até o centro da cidade e observe os camelôs, artistas de rua, pregadores da fé… Criatividade não se ensina, mas se desenvolve.

  1. Entusiasmo

Se você se apresentar com sono, a plateia bocejará. Se você se apresentar no ritmo de uma tartaruga, a plateia dormirá. Você não quer isso, então, contagie: envolva o auditório em um ambiente de emoção e credibilidade, vibre a cada afirmação, entusiasme-se pela ideia e faça com que todos acompanhem você nesse entusiasmo.

  1. Determinação

Não desista diante do primeiro obstáculo, afinal, ninguém nasceu orador, falar bem é exercício e persistência. Treine, persista, treine, persista, treine e persista, uma hora você sairá falando como se tivesse vindo ao mundo “tagarelando e encantando” no lugar de chorando.

  1. Audição

Saber ouvir melhora relacionamentos interpessoais, fornecem ideias novas que podem ser usadas em suas apresentações e te deixam mais perspicaz. Portanto, aprenda a ouvir porque uma boa parte do que aprendeu na vida foi ouvindo

  1. Teatralização

Cuidado ao teatralizar. A falta de ética agride o mais importante fundamento da comunicação, que é dizer a verdade. Embora devamos interpretar a mensagem que transmitimos, toda a intenção tem que ser verdadeira. Portanto, não adianta dizer a verdade se a pessoas não acreditam nas suas palavras.

  1. Síntese e objetividade

Você já assistiu a algum palestrante que repetiu a mesma coisa de 5 formas diferentes em um curto espaço de tempo? Acontece. Isso é falta de síntese ou objetividade e cansa. A filosofia para falar bem tem que se basear em dizer tudo que for preciso, somente o que for preciso, nada mais do que for preciso.

  1. Ritmo

Quem aguenta ouvir alguém que é linear ao transmitir informações por uma hora e meia, por exemplo? Para prender a atenção de um público, a voz tem que variar entre volume e velocidade, tem que dar musicalidade na fala. Sendo assim, observe grandes palestrantes que conseguem transformar simples frases em admiráveis períodos oratórios, somente pela perfeição que trabalham o ritmo da fala; e, aperfeiçoe seu ritmo dentro de seu estilo.

  1. Voz

Em princípio, a voz determina a própria personalidade de quem fala. Se estamos alegres, tristes, preocupados, seguros, a primeira identificação desses comportamentos é transmitida pela voz. Sendo assim, cuide da respiração para que a voz tenha qualidade, preste muita atenção à dicção, velocidade, ritmo e expressividade da fala quando passar uma mensagem. As pessoas vão entender o que sua voz transmitir.

  1. Vocabulário

Na hora de se expressar o vocabulário é importante, mas não o suficiente para não te transformar em um excelente orador. Se fizer uso do vocabulário do seu dia a dia para transmitir suas ideias, perceberá que tudo dará certo. Por exemplo, evite palavras rebuscadas, o simples é compreensível para todos, o rebuscamento só deve ser utilizado em momentos que pedem essa formalidade para passar credibilidade e seriedade; fuja da vulgaridade, não imagine que, expressando-se com palavrões ou gírias, estará sempre demonstrando descontração e projetando sua imagem de forma positiva; restrinja o vocabulário técnico, se o público não for o público certo para entender do que está falando, você verá um monte de ponto de interrogação e caras de paisagem; atente-se para a propriedade do estrangeirismo, algumas palavras já foram incorporadas a nossa língua, é só ficar atento a pronúncia correta e o uso com o público correto.

  1. Expressão corporal

Não chamar muito a atenção é a melhor coisa, pois gesticular demais ao ponto de deixar as pessoas tontas só fará as pessoas repararem mais nos seus gestos que no seu conteúdo. Seja natural. Utilize gestos somente para dar ênfase. Evite a repetição de gestos. Em suma: seja natural e utilize esse recurso na medida certa.

  1. Naturalidade

A confiança na mensagem tem mais a ver com a naturalidade que com as técnicas de comunicação. Então, seja natural.

  1. Conhecimento

Já dizia o dito popular “Não basta parecer honesto, tem de ser honesto”. Esse dito explica um dos mais importantes conceitos da comunicação: para conquistar a credibilidade dos ouvintes não basta apenas conhecer o assunto, você precisa demonstrar que é do ramo. em suma: é preciso demonstrar ao público que as informações que transmite têm a ver com sua experiência.

* Esse artigo foi inspirado no livro de Reinaldo Polito, Como falar corretamente e sem inibições (Editora Saraiva – 111º edição).

E para continuar se desenvolvendo, não deixe de ler os artigos “Quer sucesso em vendas? 10 filmes para se inspirar” e “Cursos livres: fazer ou não fazer, eis a questão”

2 Comments

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    • admin_ead

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